Em meio à violência que atinge cinco dos 17 departamentos do Paraguai, o presidente do país, Fernando Lugo, pediu desculpas nesta quarta-feira (12), em nome das Forças Armadas, à Polícia Nacional por um confronto entre militares e homens da corporação. Militares do Exército atiraram em policiais na cidade de Concecpción. Mas Lugo elogiou a atuação das forças de segurança, ao informar, sem detalhes, que houve redução dos casos de violência no país.
Paralelamente, o presidente marcou para hoje reuniões com os comandantes militares e também com os governadores e os prefeitos das áreas que estão sob Estado de Exceção – que autoriza a ação federal como meio para conter a violência. A medida foi adotada no final do mês passado e deve durar 30 dias.
O objetivo é limitar o avanço da guerrilha denominada Exército do Povo Paraguaio (EPP). As informações são da Presidência da República do Paraguai.
No último dia 3, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com Lugo, na cidade de Ponta Porã (Mato Grosso do Sul) que faz fronteira com Pedro Juan Caballero, no Paraguai. A região é considerada uma das mais violentas. Os dois presidentes se comprometeram a ampliar os investimentos na área no esforço de conter as ações dos grupos armados. Do lado brasileiro, serão enviados homens da Força Nacional de Segurança Pública.
Lula e Lugo conversaram uma semana depois de o senador Robert Acevedo ter sofrido um ataque na cidade de Pedro Juan Caballero. O parlamentar conseguiu escapar de uma série de tiros apenas com alguns ferimentos. Mas dois assessores diretos dele – o segurança e o motorista – morreram. Acevedo é um dos políticos que denunciam as ações dos narcotraficantes e da EPP.
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