Dois primeiros lotes, de pequenas embarcações de patrulha já foram licitadas. Ainda este ano, a Marinha pretende contratar um terceiro lote, de navios-patrulha de grande porte, com custo estimado em R$ 230 milhões cada. O processo é semelhante ao promovido pela Aeronáutica na compra dos caças. A Marinha analisará as propostas de cada interessado e enviará um parecer para a Presidência da República, que tem a palavra final. No caso dos caças, o governo se posicionou em favor da proposta da francesa Dassault, após negociações entre os presidentes dos dois países. O contrato, porém, ainda não foi assinado."
A Marinha emite um posicionamento técnico, mas sabemos que há também componentes estratégicos e políticos na decisão. Acredito que todos os pontos possam ser conciliados", afirmou Deiana, em entrevista após sua apresentação. Se posto em prática, o plano de encomendas da Marinha também deve ter grande disputa, pela dimensão das contratações. Apenas no pacote de navios-patrulha de grande porte, são 12 embarcações. Há ainda um grande pacote de 18 navios-escolta, com canhões e capacidade para transportar helicópteros, com custo estimado em 500 milhões de euros cada. A Marinha vai contratar ainda lotes menores, de 4 navios patrulha fluviais e cinco navios de apoio logístico
De todas as compras previstas no PRM, a Marinha já encomendou dois lotes de navios-patrulha de pequeno porte, um deles junto ao Estaleiro Inace, no Ceará, e outro junto ao Estaleiro Ilha, no Rio. Ao custo estimado de R$ 80 milhões por unidade, as embarcações já começaram a ser entregues. Além disso, fechou um contrato com a francesa DCNS e a Odebrecht para a construção de submarinos nucleares em estaleiro que será construído em Itaguaí, região metropolitana do Rio. A pedra fundamental do estaleiro será lançada no mês que vem, em cerimônia com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os reatores são desenvolvidos pela própria Marinha.
"Em 2009, a produção de petróleo marítimo gerou uma receita de US$ 43 bilhões", afirmou Deiana, no início de sua palestra, ao apontar uma das razões para o investimento em novas embarcações militares. Além disso, afirmou, as águas territoriais brasileiras têm hoje o mesmo tamanho da área verde da Amazônia, com grande diversidade de recursos naturais - a "Amazônia azul", comparou.
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